A evolução da agricultura no século XXI

A evolução da agricultura no século XXI

O que significa Agricultura de Precisão, Agricultura 4.0, Agricultura Inteligente e Agricultura Digital?

No meio agrícola, muitas vezes ouvimos falar em Agricultura de Precisão, Agricultura 4.0, Agricultura Inteligente e Agricultura Digital, e muitos pensam que são apenas sinônimos diferentes para indicar a mesma coisa, mas na realidade têm significados muito específicos. E você, sabe as diferenças entre esses quatro termos? Vamos descobrir juntos dando algumas definições...

Por Agricultura de Precisão entendemos uma estratégia de manejo integrada ao funcionamento de uma fazenda, que, valendo-se de instrumentos modernos, visa realizar intervenções agronômicas que levem em consideração as reais necessidades do cultivo e as características bioquímicas e físicas do solo de sua propriedade. Consegue-se graças à integração de diferentes ciências (agronomia, geologia e química) e tecnologias (Farm Management Information Systems, ISOBUS, sistemas de condução assistida ou automática, controle automático de equipamentos, GNSS) e, ao contrário do que muitos pensam, não requer nenhuma conectividade remota de máquinas e/ou sistemas à nuvem.

A Agricultura 4.0 tem como principal requisito a interligação entre máquinas e/ou sistemas com serviços em nuvem e a sua integração em termos de fluxo de informação. A Agricultura 4.0 não diz respeito a estratégias, mas sim a tecnologias de conectividade e transmissão de informações.

O termo Agricultura Inteligente indica uma estratégia capaz de utilizar grandes quantidades de informação para adaptar e otimizar, mesmo em tempo real, cada operação realizada na fazenda ou no campo.

Por Agricultura Digital, por outro lado, entendemos o uso de informações em formato digital obtidas de máquinas e/ou sistemas capazes de gerar, processar e utilizar tais dados.

Quais são as diferenças nos vários tipos de condução do trator?

As várias nuances do termo “Agricultura” andam de mãos dadas com as várias declinações da condução do trator e dos dois mapas mais importantes no campo agrícola, o mapa de prescrição e o mapa de aplicação. Também aqui no setor há um pouco de confusão; vamos tentar esclarecer...

Se o trator tiver direção manual assistida, significa que ele está equipado com um sistema que, por meio de informações de posição GNSS, fornece ao operador indicações sobre as correções de direção a serem feitas para seguir corretamente uma série de direções previamente definidas. Barra de luz.

O trator com direção automática representa uma evolução do trator com direção manual assistida pois, graças aos sistemas de acionamento instalados na máquina, as ações são realizadas automaticamente na direção do trator, sem qualquer intervenção do operador. No entanto, esse tipo de maquinário agrícola requer a presença de um operador na cabine que é o principal responsável pela tomada de decisões de segurança (é uma das tecnologias facilitadoras da agricultura de precisão).

O próximo passo evolutivo é representado pelo trator autônomo, um trator com capacidade de dirigir de forma totalmente autônoma, mesmo sem supervisão a bordo. A tecnologia desse tipo de trator envolve o uso, além de GNSS de extrema precisão, de sistemas de percepção para detecção de obstáculos e de todo o ambiente ao redor.

Quais são as diferenças entre mapa de prescrição e mapa de aplicação?

Em qualquer um dos três tipos de tratores anteriores, pode-se aplicar o seguinte:

  • Mapas de prescrição, são mapas que derivam da análise agronômica do terreno, que são gerados com o software FMIS e que são usados para realizar operações para otimizar os tratamentos (para cada área do campo, cada um com características próprias, é então atribuídas uma modalidade e uma quantidade específica de tratamento);
  • Mapas de aplicação, resultam de um processo realizado a partir de mapas de prescrição e contêm informações georreferenciadas relativas à forma efetiva como as operações foram realizadas.